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quinta-feira, 7 de dezembro de 2017

Poema do mês de dezembro

Poema do mês
Revoltar-me?
Para quê?
Tudo o que recebo são represálias,
não posso falar,
não posso agir,
não posso fugir,
não posso viver.

Revoltar-me, para quê?
A vida escapa-me entre os dedos
como o fim da tarde pelas persianas
O sol? Vejo-o, mas não lhe toco.
O horizonte? Vejo-o mas não o atinjo.
Futuro? Não o vejo, nem o sinto.

Como numa depressão, sinto-me fechado,
sozinho, entre outros, mas sozinho.
A minha revolta é única. Só eu a sinto.
Tristeza, desgraça a minha.
Pedir, nunca pedi. Só peço pela liberdade
que não me é concedida.

Injustiça rodeia-me!
Porque sou assim?
Porque estou assim?
O direito tem-me mas eu, a ele, não o tenho…
Sou de todos menos de mim mesmo.
Oprimido e controlado me sinto.
Todos me controlam, mas não me controlo a mim…

Fugir? Sim!
Como? Desconheço…
Não posso agir,
não posso fugir, não posso viver.
Revoltar-me, para quê?


Inês Vilhena, 12º D, nº 15

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