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terça-feira, 24 de abril de 2018

POEMA DO MÊS


Rugido de ferro
Abre a bruma da inquietude
Toda a realidade disto feita

Diesel, engrenagens, fumo
Tomara ser branco e geométrico
Numa utopia de razão e luz

O intelecto sempre corrupto
De titânio racional dado instinto
"A Carne é fraca"
Aí está a sua maior arma
Fracas as comportas
Catastrófica a torrente

A ideia só é pura quando inviolada
As rodas do mundo condenadas a debaterem-se
E o Fim é um Silêncio omnipresente

Nós, escravos sob Ferro e Carne
Cuja fuga ou é o topo
Da torre cristalina, pura clareza
Ou o Vazio a onde todos regressamos

Max Wozenfeld (pseudónimo de um aluno da ESSM)

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